Gatinhos e Zumbis | Seu Próximo Jogo #03
nesta edição: uma torre de gatinhos com puzzles pra resolver e uma invasão de zumbis na ponta dos seus dedos
Bom dia pra você do outro lado da tela! Essa é a terceira edição da sua curadoria semanal de jogos de jogos únicos, marcantes e com personalidade ― quem sabe você não encontra aqui Seu Próximo Jogo? Meu nome é Gabriel Toschi e a promoção de Halloween da Steam já está no ar, sabia? Você pode ver nossas recomendações por lá diretamente da nossa página de curadoria.
Se você quiser mais uma indicação de joguinho, essa semana saiu meu primeiro texto no CosmoNerd, onde vou fazer artigos um pouco mais aprofundados sobre títulos mais novos que estou jogando. Dessa vez, eu falei sobre Disney Dreamlight Valley, o pseudo-Animal Crossing que a Disney lançou em acesso antecipado há alguns meses.
Mas estou bem feliz com esse espaço finalmente tomando forma e quase chegando no primeiro mês de vida! Se você tem recomendações de coisas pra eu jogar ou comentários sobre os textos, responde esse e-mail ou fala comigo no Twitter, belê?
na edição de hoje: um jogo de puzzle com muitos gatinhos fofinhos e um apocalipse zumbi que você pode impedir usando seus dons de digitação
Caso tenha recebido esse link por alguém ou encontrado em uma rede social, você pode receber o Seu Próximo Jogo toda sexta-feira, às 9h, na sua caixa de entrada! É só clicar aqui e deixar seu e-mail que semana que vem estou aí com você. Se você já recebe no seu e-mail, que tal compartilhar o link dessa edição com alguém clicando no botão abaixo? Bons jogos!
Meow Tower: Nonogram
gatinhos te convidam para seu primeiro nonograma
por Gabriel Toschi (site / twitter)
Se deixar, eu passo 90% do tempo falando sobre nonogramas e 10% esperando que outras pessoas falem sobre nonogramas pra eu poder falar mais sobre. Nos últimos anos, eu passei mais de 180 horas da minha vida jogando esse singelo tipo de puzzle japonês (também conhecido como Picross). Acho incrivelmente relaxante e ótimo se você já gosta de palavras cruzadas ou sudoku, por exemplo. Minha missão na vida (e nesse texto) é fazer mais pessoas gostarem de nonogramas e eu não tenho aliado melhor do que Meow Tower: Nonogram.
A ideia de um nonograma pode até parecer com um sudoku, mas tem uma proposta diferente: você tem um quadriculado para preencher seguindo as dicas que estão na borda ― quando terminar, um desenho é formado! Cada número na borda indica um conjunto adjacente de quadrados preenchidos e você pode ir eliminando quadradinhos que você sabe que nunca poderiam ser pintados para ir facilitando as outras dicas.
Quando eu falo que Meow Tower é praticamente um “nonograma de entrada” é como ele consegue ensinar de forma fácil com jogar e te dá conteúdo sem parar. Sâo mais de 700 puzzles com muitos (muitos) temas diferentes, além de outros 500 que são maiores e complexos pra quem gosta de quebrar a cabeça. Por mais que ele tenha aquele sistema de “vidas” chato de jogos mobile, as propagandas são bem tranquilas e é fácil voltar várias vezes durante o dia para jogar mais.
E claro que o grande destaque do jogo são esses gatinhos mais fofinhos do mundo! Você assume o papel de cuidar dessa torre felina, recebendo novos bichinhos e decorando seus quartos com as latas de atum que ganha ao resolver nonogramas. Cada um deles tem uma personalidade diferente e uma historinha muito fofa que você vai acompanhando a cada nível. Ver o gatinho miando feliz porque você comprou uma decoração nova pra ele é uma injeção de seretonina mais do que necessária no mundo atual.
Desde que Meow Tower: Nonogram caiu num grupo de amigos, todos caíram na graça dos nonogramas e eu realmente convido que você também dê uma chance pra eles. Se você gostava daquelas revistinhas Coquetel, ou simplesmente gosta de uma pequena dose de puzzle no seu dia, vale muito a pena baixar pra dar uma olhada e ver se você gosta. Putz, sabe, tem gatinhos fofinhos com historinhas bonitinhas que ronronam e miam pra você!! Eu não devia estar precisando me esforçar tanto!! Vai lá que você tem atum pra ganhar e gatinhos pra ajudar!
Meow Tower: Nonogram
por Studio BoxcatDisponível em português do Brasil
The Typing of The Dead: Overkill
todo zumbi está a uma tecla de distância
por Gabriel Toschi (site / twitter)
Eu não combino com jogos de tiro em primeira pessoa. De verdade. Eu ainda tenho trauma da vez que me colocaram pra jogar Call of Duty quando criança e eu morri 12 vezes em 2 minutos, todas de coronhada. Por um lado, isso me fez amar jogos de puzzle, mas, por outro, eu sempre quis poder estourar a cabeça de uns zumbis pra desestressar e não podia. Você não sabe a minha felicidade quando eu joguei The Typing of The Dead: Overkill pela primeira vez: quer dizer que eu podia jogar um “FPS” só que DIGITANDO? Provavelmente a minha melhor habilidade depois de fazer piada ruim e comer chocolate?
Assim como a SEGA fez em 1999 com o Typing of the Dead original, esse jogo é uma adaptação com mecânicas de digitação para House of the Dead: Overkill, um jogo de tiro em trilhos ― como nos fliperamas, onde o personagem anda automaticamente e você só mira. Nesse caso, no caso, ao invés de mirar, palavras e frases aparecem na frente de cada inimigo e sua missão é só digitar as letras na ordem certa, errando o mínimo possível. Com menos erros, você ganha multiplicadores de pontos, que, no final, permitem desbloquear conteúdo extra.
O jogo todo se passa em um filme de terror de baixo orçamento, com personagens estereotipados e os efeitos especiais que o gênero pede. Não que seja um tema que realmente me agrade, mas acho que cumpre o papel, sabe? Ele sabe que não é sério e não se leva a sério em nenhum momento ― convenhamos, eu estou atirando em zumbis enquanto digito palavras de Shakespeare, não é sério mesmo! Mas fica o aviso de toda forma: vários assuntos e vocabulários talvez sejam mais adequados para maiores de 18 anos.
Pra muita gente, The Typing of the Dead: Overkill seria só mais um jogo com uma proposta estranha e que ia virar uma memória engraçada ao meio de vários outros. Mas, pra mim, ele foi uma oportunidade pra me sentir acolhido nessa grande comunidade do Orkut chamada “Gosto de atirar em zumbis”. Eu recomendo esse jogo pra você que está lendo independente de quem você é, mas se você também não tem coordenação motora para mirar mas deixa qualquer datilógrafo de queixo caído, venha dividir essa sensação catártica comigo.
The Typing of The Dead: Overkill
por Modern Dream, SEGA